quinta-feira, 16 de abril de 2020

Prevenção e Cuidado - Doença Mental.





Por Ângela Cardoso- Psicóloga CRP 06/131445

Desde criança somos ensinados a como crescer e a nos relacionar, o que gera experiências que segundo Irene Gaeta Arcuri (pesquisadora que trabalha a velhice como um tempo possível de desenvolvimento e não como estágio final da vida) em seu livro Memória Corporal: o simbolismo do corpo na trajetória da vida.

Explica que a memória corporal é uma ligação entre o ego e o inconsciente. Estas experiências que ocorrem durante a nossa vida, que podem libertar ou aprisionar, deixam resquícios de uma memória afetiva. Para a autora, esta memória é primitiva, a qual remete aos primeiros anos de nossa vida, que promove sentimentos que podem ser responsáveis por padrões de comportamento, ou estarem presentes nos campos das relações interpessoais.

Essas relações interpessoais são fenômenos de repetição que podem ser vistas na dinâmica familiar, nos tornando passivos da nossa própria história. Para a autora é importante romper este ciclo de repetições, para que possamos transformar as experiências obtidas em possibilidades de crescimento, compreensão e até mesmo o perdão dos participantes da memória corporal, instaurando assim suas marcas.

Acredito, que essas “marcas” que autora menciona, podem causar sofrimento, desconfiança e angústia, que impedem a pessoa de se relacionar e seguir repetições, sendo difícil para esta sentir-se integrada ou acolhida no âmbito social, causando um adoecimento.

José Blegger (médico, psicólogo, psicanalista e professor universitário) no livro Psico-Higiene e Psicologia Institucional, fala sobre a importância do psicólogo na comunidade e na saúde pública. De maneira que este profissional se aproxime desses ambientes, nos quais muitas vezes a pessoa adoece devido às relações.

Entende-se que a sociedade pode criar instituições ou relações que podem enriquecer, empobrecer ou esvaziar os seres humanos.

No livro, Blegger ressalta a importância do diagnóstico precoce do transtorno mental, ele compara no texto a psicologia e a medicina, do mesmo modo que o diagnóstico tardio do câncer, assim como o da doença mental, pode dificultar o tratamento.

Penso que é de grande importância todos nós termos um tempo de olhar para si, e observar nossas dificuldades e angústias para buscar um cuidado, pois este é um investimento pessoal que valoriza quem somos.

Tem alguns filmes que retratam a falta de intervenção das famílias, como diz Flippen “Às vezes, é necessário contar com a ajuda de uma pessoa próxima para apontar alguma dificuldade que até você mesmo não percebe”.

• O Solista.

• Spider desafie sua mente.

• Tim Maia.

• Uma mente brilhante.


Bibliografia:
ARCURI, I; Memória Coporal: O simbolismo do corpo na tragetória da vida; 2006; Ed.rev-São Paulo:Vetor 2006.
BLEGGER,J;Psico-Higiene e Psicologia Institucional; publicado: Editora Artmed.2004


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