Por Ângela
Cardoso- Psicóloga CRP 06/131445
Desde
criança somos ensinados a como crescer e a nos relacionar, o que gera experiências
que segundo Irene Gaeta Arcuri (pesquisadora que trabalha a velhice como um
tempo possível de desenvolvimento e não como estágio final da vida) em seu
livro Memória Corporal: o simbolismo do corpo na trajetória da vida.
Explica que a memória corporal é uma ligação entre o ego e o inconsciente. Estas experiências que ocorrem durante a nossa vida, que podem libertar ou aprisionar, deixam resquícios de uma memória afetiva. Para a autora, esta memória é primitiva, a qual remete aos primeiros anos de nossa vida, que promove sentimentos que podem ser responsáveis por padrões de comportamento, ou estarem presentes nos campos das relações interpessoais.
Essas
relações interpessoais são fenômenos de repetição que podem ser vistas na dinâmica
familiar, nos tornando passivos da nossa própria história. Para a autora é importante
romper este ciclo de repetições, para que possamos transformar as experiências
obtidas em possibilidades de crescimento, compreensão e até mesmo o perdão dos
participantes da memória corporal, instaurando assim suas marcas.
Acredito,
que essas “marcas” que autora menciona, podem causar sofrimento, desconfiança e
angústia, que impedem a pessoa de se relacionar e seguir repetições, sendo
difícil para esta sentir-se integrada ou acolhida no âmbito social, causando um
adoecimento.
José Blegger
(médico, psicólogo, psicanalista e professor universitário) no livro Psico-Higiene
e Psicologia Institucional, fala sobre a importância do psicólogo na comunidade
e na saúde pública. De maneira que este profissional se aproxime desses ambientes,
nos quais muitas vezes a pessoa adoece devido às relações.
Entende-se
que a sociedade pode criar instituições ou relações que podem enriquecer, empobrecer
ou esvaziar os seres humanos.
No livro,
Blegger ressalta a importância do diagnóstico precoce do transtorno mental, ele
compara no texto a psicologia e a medicina, do mesmo modo que o diagnóstico tardio
do câncer, assim como o da doença mental, pode dificultar o tratamento.
Penso que é
de grande importância todos nós termos um tempo de olhar para si, e observar
nossas dificuldades e angústias para buscar um cuidado, pois este é um investimento
pessoal que valoriza quem somos.
Tem alguns
filmes que retratam a falta de intervenção das famílias, como diz Flippen “Às
vezes, é necessário contar com a ajuda de uma pessoa próxima para apontar alguma
dificuldade que até você mesmo não percebe”.
• O Solista.
• Spider
desafie sua mente.
• Tim Maia.
• Uma mente
brilhante.
Bibliografia:
ARCURI, I; Memória Coporal: O simbolismo do corpo na tragetória da vida;
2006; Ed.rev-São Paulo:Vetor 2006.
BLEGGER,J;Psico-Higiene e Psicologia Institucional; publicado: Editora
Artmed.2004
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